A dor

Algumas dores são irreparáveis, algumas ausências, alguns vazios que preenchem mais espaços do que deveriam, pessoas que nos rejeitaram e deveriam nos amar, algumas mágoas.

Alguns ‘nãos’, bem que deveriam simplesmente passar despercebidos para vivermos um dia de cada vez, mas as nossas relações são sempre frutos ou reflexos das nossas experiências, mais ainda das ausências, o que nos falta e que a gente fica buscando no outro, achando que pode encontrar as soluções, procurando o colo do pai ausente, o sorriso da amiga ocupada demais, a conversa com a tia atarefada, a preocupação do irmão esquecido, essas coisas que a gente fica querendo, mas só encontra mais frustração quanto mais se busca.

Expectativas demais ou de menos, nunca há um meio termo, ou você tem todas as esperanças do mundo ou não tem mais nenhuma, é assim quando o limite é uma constante, quando a gente se esgota de tanto que falta. O amor que não foi dado, a palavra que não foi dita, o pedido que não foi aceito, o sentimento que não foi recíproco, o que não foi sabe-se de cor, mas ainda não se sabe como vai ser quando for, é assim com a dor.

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